Poema agraciado com menção honrosa no festival de poesia de Lisboa 2020 por Fabi, feminista de fibra, carrega o mundo no coração. Jornalista e bailarina,mestre em Educação, Arte e História da Cultura, doutoranda em Antropologia, especialista em Comunicação, Direitos Humanos e Gênero, que há anos escreve para a plataforma Brasileiras pelo Mundo, que congrega mulheres expatriadas e imigrantes. Tem rodinhas nos pés e asas nas costas.Alguns a chamam de fada. Aquariana de riso farto, vive há anos entre Ásia e Europa, onde se dedica a empoderar jovens para mudanças sociais em seus grupos identitários.

Eu, santa e puta, resisto
Sou mulher
Sou santa, sou puta
Sou filha da luta
Enquanto viver, luto
Pela vida, pela sonho
pelo direito ao impossível,
ao improvável
Enquanto viver, luto
Pelas manas que tombam nas quebradas,
pelas fadas em pedaços,
pelas trans assassinadas
Enquanto viver, teimo
Em estar viva, em ser íntegra
Amada, inteira e desvairada
Enquanto viver, gozo
Na cama, da sua cara
Sabor de arroz puro,
ou de uma champagne cara
Enquanto viver, trepo
Escrevo, resisto, renego
Enfrento, afronto, contrasto e me apego