Estou cada vez mais convencida de que o feminismo acadêmico não me contempla.
Ele é necessário, fundamental, só não me basta.
Todo entendimento do mundo sobre sororidade, patriarcado, capitalismo, gênero e sexualidade, são nada se isso não tiver aplicabilidade prática.
De nada adianta mencionar Chimamanda, Ângela Davis e Simone de Beauvoir, se você não entender que o chamado feminista é também um chamado espiritual.
Se você não tiver o coração tão desperto quanto sua mente e a alma tão desenvolvida quanto o seu intelecto, então teu legado é nada.
Reflete, medita e contempla.
O outro é só uma extensão de ti. Não há outra, senão você desdobrada em muitas.
Há uma linha tênue que nos conecta todas, como um enorme cordão umbilical que nos conecta ao planeta.
A prática da sororidade é uma condição inefável para o exercício do amor feminino, feminista, matriarcal e sagrado.
Seja uma mulher que levanta outras mulheres, tanto no micro quanto no macro mundo, caso contrário, teu ativismo é só vaidade.